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Expoepi: debate destaca a importância de integrar ações de vigilância

  Data e Hora: 05/07/2017 10:08:07

A abertura da 15ª edição da Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi) aconteceu nesta quarta-feira (28) em Brasília. Com objetivo de debater temas relevantes para a Saúde Pública e premiar as melhores experiências dos serviços de saúde do SUS, a extensa programação segue até essa sexta (30). Representantes dos 26 COSEMS estão participando das oficinas, palestras e mesas oferecidas pelo evento.

O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, esteve presente na cerimonia de abertura e ressaltou a importância da realização do evento. “É necessário divulgar e valorizar cada vez mais as experiências bem sucedidas que comprovam que o SUS dá certo. Assim como a mostra do Conasems Brasil, aqui tem SUS, que já está na 14ª edição, a Expoepi é um espaço de troca e compartilhamento muito proveitoso”. Mauro também comentou sobre a Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, que está na etapa municipal. “Esperamos que essa conferência nacional aponte rumos para uma verdadeira política de vigilância em saúde que trabalhe de forma integrada com a atenção básica e a assistência”. A política de atenção básica também foi tema da fala do presidente. “O Conasems está discutindo a política junto com o Ministério e já colocando em prática ações para fortalecer as regiões de saúde”.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Ferreira, também comentou sobre a 1ª Conferencia Nacional de Vigilância em Saúde, que acontece em novembro com a participação de diversas representações da sociedade civil. “Esse é o momento de conhecer e reconhecer experiências exitosas na ponta e que levam saúde para a população ainda com todas as dificuldades que o SUS enfrenta em pouco mais de trinta anos de existência.”.

O ministro da saúde, Ricardo Barros, apresentou um balanço de gestão dos últimos meses, principalmente na gestão de recursos financeiros e investimentos em tecnologia e relembrou as ações contra as epidemias como Zika, microcefalia e febre amarela. Joaquim Molina, representante da OPAS, também comentou sobre as doenças “foram oportunidades que revelaram novos desafios para o enfrentamento de crises”. O presidente do CONASS, Michele Caputo Neto afirmou que “uma das formas de ver como os governantes tratam o país é observando como eles tratam a vigilância em saúde. Sem capacitação e investimento a gente não faz o que tem que ser feito. Cobrem de seus prefeitos e governadores”

Participação

Representantes do Conasems e dos COSEMS estiveram presentes na reunião dos dirigentes de vigilância, onde foi discutida, entre outros temas, a participação da gestão municipal na Conferência Nacional de Vigilância em Saúde. A secretária Márcia Pivato secretária municipal de saúde de Campanha-MG, representou o Conasems no painel “O enfrentamento das doenças imunopreviníveis: conquistas e desafios”, durante a exposição, a secretária trouxe os desafios da gestão municipal para o controle dessas doenças.

A secretária municipal de saúde de Santa Teresa-ES, Andréia Passamani, participou do painel “Elementos essenciais para a construção de uma Política Nacional de Vigilância em Saúde”. De acordo com ela, a fragmentação faz essa política ser ineficiente. “Temos que discutir o termo ‘vigilância em saúde’ de uma forma macro, ampla e conectada às outras áreas. Sou gestora há 16 anos e percebo cada vez mais fragmentação na forma de financiamento e de organização, isso dificulta ainda mais a gestão municipal”. Passamani, que também é presidente do COSEMS-ES, comentou sobre a situação sanitária do estado. “Com o surto de febre amarela, tivemos que colocar toda força de trabalho da vigilância em saúde focada nisso, mas e o restante dos problemas? Não existe financiamento suficiente para oferecermos integralidade, temos sempre que escolher o que vamos priorizar e não deve ser assim”. A falta de financiamento foi um dos principais desafios colocados pela secretária. “As ações de vigilância estão basicamente sustentadas pelo município, a União cobre somente de 8% a 30% do custo total investido em vigilância, o resto é bancado pelo município”.

Fonte: CONASEMS