Nesta quinta-feira (02), o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems-PI) se reuniu com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e do Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (Ciaten) para tratar sobre a hanseníase no Piauí. De acordo com a Sesapi, o Piauí registrou, em 2022, 692 novos casos da doença.

A Presidente do Cosems-PI e Secretária Municipal de Saúde de Oeiras, Auridene Moreira, deu início ao encontro ressaltando a importância da criação de um plano de ação conjunta entre os órgãos para combater a doença no Piauí. “Precisamos de algo concreto e palpável neste momento. É um primeiro contato que estamos tendo, mas esperamos sair daqui com um planejamento voltado a todo o estado, em cada município”, explicou.

De acordo com a equipe do Programa Estadual de Controle da Tuberculose e da Hanseníase, da Sesapi, será realizado um levantamento sobre a situação da Hanseníase dentro de cada município piauiense, para que as ações a serem traçadas contra a doença possam atingir a toda a população nos Territórios de Desenvolvimento.

Já para o Coordenador Geral do Ciaten, Carlos Henrique Nery Costa, a pauta deve ser vista como prioritária para os órgãos públicos. “Estamos diante de uma situação grave. O número de casos nos municípios sinaliza uma prioridade na saúde pública. É necessário que todos compreendam que, nesse momento, a hanseníase é uma grande prioridade e todos devem alinhar ações para manter essa suposta epidemia em nosso estado”, afirmou.

O colegiado sugeriu, como encaminhamento, a criação de um conjunto de ações factíveis, como trabalhar a questão com os profissionais do programa Mais Médicos. Também foi apresentado, como sugestão, o levantamento de informações do estado para agregar maiores evidências do agravo. Além disso, o assunto será pauta fixa nas reuniões das Comissões Intergestores Regional (CIR), através das apoiadoras do programa Rede Colaborativa do Cosems-PI.

“Temos que desenvolver uma ação integrada, envolvendo a Sesapi e a academia. Gostaria de colocar como encaminhamento que construamos uma agenda com ações para os próximos 60 dias para que sejam implementadas da forma mais célere possível. A situação deve ser de conhecimento de todos para que possamos avançar com urgência em estratégias de controle”, disse a Consultora Técnica do Cosems-PI, Socorro Candeira.

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