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COE-PI retoma medidas de combate à disseminação da Covid-19 e atendimento à população.

  Data e Hora: 10/01/2024 13:07:33

O Comitê de Operações Emergenciais do Piauí (COE-PI), colegiado no qual o Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems-PI) representa os municípios piauienses, reuniu-se pela 3ª vez em 2024, nesta quarta-feira, 10. Em pauta, o aumento dos casos de Covid-19 no estado. Entre as decisões que cabem aos municípios estão: o retorno da emissão de boletins de novos casos e evolução da disseminação; realização de campanhas de vacinação com ênfase aos grupos prioritários.

Leopoldina Cipriano, presidente do Cosems-PI e secretária municipal de saúde de Miguel Alves, chamou a atenção para a necessidade da reorganização do sistema hospitalar para a regulação de casos graves vindos do interior e reforçou o compromisso do Cosems em orientar os municípios sobre as medidas definidas pelo COE. “Os municípios devem retomar a emissão de boletins de monitoramento de casos da doença para o melhor monitoramento sobre a evolução da contaminação. Além disso, é essencial voltar a chamar a população para as salas de vacina. Os grupos prioritários devem ser vacinados”, disse a presidente.

 

O secretário de Estado de Saúde, Antônio Luiz Soares Santos, confirmou a criação de leitos específicos para pacientes com Covid-19 em todos os hospitais do estado e reforçou a necessidade de campanhas de vacinação. Durante a reunião, o baixo nível de vacinação da população piauiense recebeu destaque. “Em uma análise geral, essa população que menos se vacinou ativamente é a que mais se infecta, é a que mais circula e que mais vai visitar avós, ou seja, pessoas com mais idade e comorbidades, portanto mais vulnerável”, avaliou o professor Emídio Matos, pesquisador do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e membro do COE-PI.

Em 2023, 73 pessoas morreram com Covid-19 no Piauí. Em 2024, já foram registrados 2 óbitos. José Noronha Vieira, infectologista e membro técnico do COE, informou que nas avaliações feitas sobre os casos de morte mais recentes “os pacientes com múltiplas comorbidades e que COVID-19 é um diagnóstico adicional”, chamando a atenção para a necessidade de vacinação e controle da disseminação do vírus entre pessoas com comorbidades. “Abaixo de 60% de vacinação, estamos susceptíveis a surtos, muitos casos acontecendo ao mesmo tempo novamente”, acrescentou.