Água Branca, município do interior do Piauí, foi destaque no Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), que aconteceu em Brasília durante os dias 24 e 28 de abril. A experiência exitosa de Água Branca foi apresentada pelo secretário municipal de saúde, Amilton Feitosa, na Praça de Boas Práticas, espaço destinado exclusivamente para discussão e compartilhamento de experiências de sucesso.
O projeto “Água Branca Livre de Dengue” é uma das experiências premiadas da Mostra Brasil aqui tem SUS do último Congresso Conasems. O trabalho consiste em um exemplo simples e eficiente de como combater a dengue em pequenos municípios. O segredo para a infestação zero está em selos que estão provocando em Água Branca uma boa concorrência em nome da saúde: o verde é para as casas que estão limpas sem água parada, sem lugares para procriação do mosquito, o amarelo é sinal de alerta para possíveis criatórios e o vermelho para locais em que foram encontradas larvas do Aedes aegypiti.
O secretário Amilton explica que, por meio dessa competição, as pessoas se esforçam para manter a casa sem focos do mosquito, “Quando a pessoa recebe o selo amarelo ou vermelho na porta de casa ela logo se mobiliza para limpeza do quintal, da área de serviço e pede uma segunda visitação para que o seu selo seja trocado por um da cor verde. Com isso, compartilhamos nossa responsabilidade com os moradores, que são essenciais para o bom resultado do combate ao mosquito”. De acordo com ele, a secretaria de saúde consegue visitar 100 por cento das residências do município, que tem 17 mil habitantes. “É uma missão difícil, pois encontramos casas fechadas, sem moradores, mas nos empenhamos promovendo visitas diárias e conseguimos esse ótimo resultado”.
O município é usado como exemplo pelo Ministério da Saúde. No ano passado foram registrados só sete casos de dengue e nenhum das outras doenças. Em dois anos, eles conseguiram reduzir o índice de infestação do Aedes aegypiti de 7,4%, que é considerado de alto risco de surto de dengue, para zero.
O secretário também destacou as parcerias com as outras secretarias como a da educação. “Visitamos as escolas e explicamos a estratégia dos selos, as cores e tudo mais, as crianças são responsáveis por ‘cobrar’ os pais o selo verde em casa” e completou “Não tem muita tecnológica, não envolve um gasto orçamentário grande, é uma ideia simples e eficiente que pode ser implantada em qualquer município”.
Fonte: CONASEMS
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